Rock in Rio 'in loco'


Por Rodrigo Kenji

Os shows do Rock in Rio já foram muito comentados, inclusive por aqui, em razão da grandiosidade do evento e também da enorme exposição que o festival alcançou nos diversos meios de comunicação.

Decidi escrever então sob outra ótica, a de quem esteve no festival, já que em dois dias (sábado e domingo) fui ao Rio de Janeiro para assistir aos shows.

De um modo geral, posso afirmar que me surpreendi positivamente com o Rock in Rio, pois fui ao festival imaginando que um evento gigantesco como este iria apresentar muitos problemas em sua organização. Obviamente que problemas aconteceram, porém em um número bem menor do que esperava.

Deixando a música de lado, impressionou como a cidade do Rio de Janeiro acolheu o festival, com a população bastante envolvida com o evento (tanto aqueles que foram ao Rock in Rio como os que não foram). Praticamente a cidade parou para que os shows acontecessem.

Após o festival, li que muitas pessoas enfrentaram problemas em questões como locomoção ao local dos shows (que por sinal é MUITO afastado de pontos conhecidos da cidade) e também com a segurança, itens que pelo menos para mim não foram problemas.

Quanto à minha locomoção, não enfrentei muitos problemas já que no trajeto que eu fiz (Aeroporto do Galeão – Cidade do Rock) o caminho foi tranqüilo. Neste ponto o Rio Card, que disponibilizou ônibus de “primeira classe”, funcionou sem problemas.

Em relação à segurança, em nenhum momento sofri ou observei alguma ocorrência, apesar de também não ter visto um número adequado de seguranças, com exceção aos que vigiavam os caixas eletrônicos que existiam no local.

As demais atrações do festival foram muito procuradas (consequentemente apresentaram enormes filas), com especial destaque à tirolesa, que passava em frente ao Palco Mundo.

Como pontos negativos do Rock in Rio, cito o som do Palco Sunset, que nos dois dias em que fui estava muito irregular (tanto que problemas técnicos atrasaram em mais de uma hora o show do Sepultura) e também a desorganização de uma fila na entrada para quem chegou cedo.

Esta situação da fila na entrada é o que mais destaco de negativo no festival, pois não havia uma grade para organizá-la, ou seja, se você chegasse em cima da hora à Cidade do Rock e ao invés de ir para a fila fosse direto à entrada do público, conseguia passar.

Como fiquei direto no evento de um dia para o outro (saí dos shows do sábado e fui para a fila do domingo), foi bem evidente que as primeiras pessoas que entraram não foram efetivamente as primeiras que chegaram.

Também enfrentei um problema que não é de dimensão geral, porém que me afetou diretamente: a pequena diversidade de alimentos que foram vendidos no Rock in Rio. Por ser vegano, não encontrei nenhuma opção de refeição no local, apenas balas e frutas.

Contudo, como escrevi acima, o evento foi melhor do que eu esperava, mas não muito diferente de outros em que já estive. O que difere mesmo é a “grife” Rock in Rio, que como marca realmente é muito forte, tanto que eles já estão vendendo ingressos para a próxima edição do festival, que será somente em 2013, e que não tem nenhuma atração confirmada.


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